quarta-feira, 2 de março de 2011

"La Miniature"


O mini está de volta. Sito na nossa imaginação ao Tópico da Idade Média, que se refere ao tamanho, o termo também se refere à iluminação, dourando ou medalhão. Graças aos manuscritos, a arte dos ícones atravessou continentes e séculos.
Assentimento à história da arte e contemporâneo, o desafio de reavivar a tocha foi recebida por uma dúzia de escolas em três continentes. temas históricos ou não, bestas, cartas de referência, retratos ..., todos são livres para atualizar o conceito.
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Este projecto é uma iniciativa internacional de câmbio de Chantal Hardy, professor de gravura na Academia Real de Belas Artes da cidade de Liège- Bélgica  do ensino secundário, em colaboração com:
- Paula Almozara, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil
- Ticket Greet, Brussel Sint-Lukas Hogeschool. Bélgica
- Crevecoeur Kikie, Academia de Belas Artes de Boitsfort-Watermael, Bélgica
- Dohy Monique, Escola de Belas Artes em Wavre, Bélgica
- Gervais Mylène, Departamento de Artes da Universidade de Trois Rivieres, Quebec
- Heyvaert Anne, Facultad de Bellas Artes, Pontevedra, Universidade de Vigo, Espanha
- Escola Maria Pace Superior de Artes da cidade de Liège, Bélgica
- Maurício Pasternack, Escola Nacional de Artes Visuais de La Cambre, em Bruxelas, Bélgica
- Petrovitch Francoise, Estienne Ecole Superieure de Paris, França
- Vukovic Biljana, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Artes em Belgrado, Sérvia



Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil

A proposta do grupo é apresentar um álbum de gravuras com a participação de 11 artistas, encabeçada pela Professora Drª a Artista Plástica Paula Almozara. Cada artista irá preparar uma gravura com uma técnica de transferencia de imagem para a placa de cobre para ser gravado pelo processo de água-tinta.
A temática baseia-se na questão do percurso a partir de um sítio, de uma paisagem. Neste sentido, o artista tem a liberdade de usar a imagem que quiser, mas a partir do senso de percepção ampliada da paisagem. Por exemplo, eles podem usar as imagens dos objetos encontrados no percurso, também pode fazer "desenhos" ou fotos de paisagem ou os detalhes da paisagem etc.
O tamanho das cópias será de 5 cm x 5 cm, sem margem.

A temática sobre o percurso e a paisagem está ligada as pesquisa e ao projeto do Grupo de Produção e Pesquisa em Artes do CLC.

11 artistas participantes representantes da América Latina :

ALMOZARA Paula
BICUDO Laís Leite
CAMPININI Marcele
DARELLY Jack
DIAS Maria Paula Ferraz
ÉSTER Paula
MARTY Yuly
PERILLO Danilo
PIGNATTI Maria Luiza
RISK Fábio
SOUSA Renato



“Lá Miniature”
- Projeto de intercâmbio internacional entre universidades e escolas de arte
- De 28 de abril to 15 de maio de 2011
- Quarta-feira de abertura, 27 de abril de 2011 às 18h

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Corta Como Navalha Fria

Corta...
A navalha fria corta meu peito
Desta vez profunda é a ferida em meu coração
O mesmo que pulsa, mas não como antes
Esvai o sangue quente que depois esfria
Corta a navalha fria o meu coração
sem razão
Sem a lógica que deveria ter
Corta
Leva um pedaço
Justo o que me deixava mais feliz
Leva pra longe
agora para um "lugar seguro"
Frio como a navalha
Mas seguro... onde eu não possa te alcançar
E te fazer sofrer e te fazer chorar
Te fazer sorrir e te fazer sonhar

Corta
As asas brancas que te traziam a mim
Corta fria a navalha
Que me leva ao inferno
Não muito diferente do que vivemos aqui
Talvez lá estaria melhor
Corta o drama
Meu direito
Estupidamente
Como eu te via feliz

Corta navalha
Sequestrando ela de mim
E nada podemos fazer
A não ser guardar os pedaços que ficaram pelo caminho
Não há resgate
Nada posso fazer
Nada
Como eu queria te ver crescer

Corta
As palavras frias
Asperas e rudes cortam seus sonhos
Não deve ser facil ouvir de quem mais se ama
Tal oposição
E ter que cortar talvez o unico pedaço que realmente te deixaria feliz
Nos deixando assim
Longe
Corações cortados
Pela estupides da navalha
Pela soberba
Do latim superbia
Capricho

Sequestraram-na de mim
Um pedaço de mim
Cortando minha pele devagar
Como num cativeiro particular
Simples assim

 Tendo você longe de mim.
Falta um pedaço
O que me deixava mais feliz

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Poesia em Homenagem ao Proletariado: "Onde nos Aprisionamos"

Nos aprisionamos em nossa própria consciência
Deixamos que, a maioria sociável, diga como devemos caminhar
Sufocamo-nos com o sacrifício diário em ofícios bastardos
Fadados à maneira de manipular do lucro necessário
Somos assassinos...
Suicidas...
Matamos nossa própria vontade
Cortamos as asas brancas de nossos sonhos
Rendendo-se as vaidades das necessidades primárias
Sufocamos o nosso ego, nossos desejos
Matamos a nossa inocência
Sufocamos a flor que brota da pureza
O sal da terra...
Tudo é igual
Como aquilo que despejaram nas latrinas da  antiguidade
Ainda hoje em sanitários privados luxuosos

Nos aprisionamos em nossa própria miséria
Na miséria humana da necessidade de posses
De bens..
Da luxuria...
De humanos
Somos assassinos
E mesmo que eu me engane um milhão de vezes
Estarei de mãos atadas
Fazendo os mesmos movimentos
As mesmas perguntas
Dando o mesmo sorriso amarelo
Na mesmice
Assim como suínos em direção ao matadouro

Como o grão que se perde no caminho
Não sabemos se produzimos
Se as pedras sufocarão nossas raízes
Se os espinhos nos sufocarão...
Onde um único recolhe cada gota de nosso suor
Que escorre e cai no bolso de quem pouco faz

Somos assassinos
Matamos à passos lentos
Como na ampulheta do tempo que escorre por nossos dedos
Matamos os sonhos que crescem
Os talentos que nos foram dados
Nos contentamos com o pouco
Deixamos de ser
Nos aprisionamos em nos mesmos
Ou em quatro paredes atrás de uma tela
Aonde o tempo de nossas vidas são sugados por maquinas
Nos aprisionamos no proletariado
Deixando de ser aquilo que somos